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Manejo de nitrogênio para alta produtividade na lavoura de milho

manejo de nitrogenio para alta produtividade na lavoura de milho

O nitrogênio é o bloco estrutural chave para a produção de aminoácidos e por consequência, é a base para a produção de proteínas da planta. É também um constituinte importante para a molécula de clorofila, essencial para a produção de fotoassimilados da planta no processo de fotossíntese. Toda a nutrição com o nitrogênio está diretamente relacionado ao bom funcionamento da planta e sua capacidade produtiva. Portanto, o manejo de nitrogênio é um aspecto fundamental para o manejo de alta produtividade na lavoura de milho.

Você conhece as fontes de nitrogênio que podem ser utilizadas para suprir a alta demanda da lavoura de milho? Relacionamos a seguir algumas delas:

Mineralização da matéria orgânica

Uma das fontes é o nitrogênio proveniente da mineralização da matéria orgânica, que está diretamente relacionado a disponibilidade de solo, característica de cada solo e temperatura do local. A cada 1% de matéria orgânica, o solo é capaz de prover para o sistema 20 quilos de nitrogênio por hectare.

O cultivo anterior é um fator determinante para a disponibilidade do nitrogênio. Se falarmos em milho verão, existem algumas coberturas de inverno que são capazes de fazer esse trabalho: a ervilhaca por exemplo, é uma excelente alternativa como cobertura de solo e é capaz de prover altas quantidades de nitrogênio para o milho em sucessão.

Já para o milho safrinha, temos a importante contribuição do nitrogênio residual da soja. Uma boa lavoura de soja é capaz de deixar de 30 até um pouco mais de 50 quilos de nitrogênio por hectare para a lavoura do milho em sucessão.

O nitrogênio proveniente da mineralização contribui em grande escala para o milho que será plantado em sequência, portanto, sempre leve essa fonte em consideração quando realizar os cálculos de manejo para a lavoura em busca de alta produtividade.

Adubação como fonte de nitrogênio

Outra fonte de nitrogênio é a adubação. Vale ressaltar que quando falamos em adubação, cada fonte apresenta uma certa eficiência ou um grau de perda diferente: a ureia por exemplo, que é o mais usado no Brasil pelo custo-benefício, carrega índices de perda acima de 50%.

Um ponto importante na busca pelo aumento de eficiência do uso de nitrogênio é buscar sincronizar a aplicação do nitrogênio com o período de maior demanda da planta. Desde o V7 até o período de florescimento, que é quando a planta alonga rapidamente seus entrenós e desenvolve muito rápido sua matéria verde e é considerado um momento de alta demanda para suprir toda essa explosão de crescimento. Além disso, é importante observar as condições climáticas que estão vigentes na época da aplicação: quanto maior a temperatura e quanto mais seco o tempo, menor é o aproveitamento no nitrogênio aplicado.

Tendo em mente que a planta passa por momentos de maior e menor demanda de acordo com seu desenvolvimento, outra prática de manejo que contribui para alcançar altas produtividades é a adubação parcelada. Por exemplo: se você trabalhar com 150 a 200 pontos de nitrogênio em uma lavoura de alta produtividade, o recomendado é que a aplicação seja parcelada em duas ou três vezes, pois assim você minimiza as perdas por volatilização (oriunda de condições adversas) e não “aposta todas as suas fichas” em uma única aplicação. Imagine que você faça a adubação em uma única aplicação e em seguida comece uma forte chuva. A perda em uma situação como essa pode chegar a mais da metade da aplicação. Pensando nessa variável, ao trabalhar com a aplicação parcelada os riscos são minimizados e o retorno econômico será significativo.

Outro ponto de vantagem dessa estratégia é que a aplicação em diferentes etapas acontecerá em diversas fases de desenvolvimento da planta. É preciso considerar que ela necessita de nitrogênio até mesmo nas fases finais de crescimento e formação. Mas como é possível fazer a aplicação nas fases finais, quando a cultura está alta, sem perdas por amassamento?

Para isso, você precisa de um distribuidor Linha Z, capaz de realizar essa distribuição mesmo em culturas mais altas. Com a Linha Z, transformamos o pulverizador autopropelido parado em um distribuidor de fertilizantes, de forma sustentável e com a possibilidade de fertilização de culturas em diferentes estágios de crescimento sem necessidade da abertura de um novo rastro, pois utiliza o mesmo do pulverizador.

Essa aplicação na fase final de desenvolvimento, integrada com rotação e sucessão de culturas proverão de forma correta todo o nitrogênio que a planta precisa, pelo máximo de tempo possível.

Procure integrar as informações de produtividade da sua lavoura em relação a clima, a matéria orgânica do solo, ao teto produtivo e ao sistema de manejo para desenvolver um plano de aplicação de nitrogênio que otimize e supra a lavoura durante todo o período de desenvolvimento, pois a importância do nitrogênio não é apenas nos estágios iniciais mas também é muito importante nos estágios finais de desenvolvimento, visando sempre a alta produtividade.

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