A origem e importância da agricultura de precisão estão diretamente relacionadas com a variabilidade de solo e clima das lavouras.
É uma tecnologia avançada, com a função de análise e coleta de dados que permitem ao produtor uma tomada de decisão mais assertiva sobre o preparo de solo.
Essa tecnologia já é bastante conhecida pelos profissionais que trabalham com agricultura, mas se você ainda tem dúvidas sobre o que é, como funciona e quais os benefícios, então este conteúdo é para você.
Como surgiu a agricultura de precisão?
Essa tecnologia chegou às lavouras brasileiras em meados de 1990, com a consolidação das tecnologias de monitoramento por satélite – GPS.
Tamanho foi o avanço proporcionado na época que, ao longo dos anos seguintes, a agricultura de precisão não só criou raízes, como agregou diversas novas tecnologias e ferramentas capazes de encarar de frente os desafios do agronegócio.
Em 2012, o termo ganhou uma definição. A Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP) definiu agricultura de precisão como “um sistema de gerenciamento agrícola baseada na variação espacial e temporal da Unidade Produtiva e visa o aumento de retorno econômico, à sustentabilidade e á minimização dos efeitos ao ambiente”.
Com essa facilidade e agilidade no processamento de informação, o produtor tem como maior aliado o melhor gerenciamento dos custos produtivos, resultando em uma melhor visibilidade de expectativa produtiva, relacionada aos ganhos de produção.
Como funciona?
O principal papel da agricultura de precisão em lavouras hoje é o monitoramento, coleta e posterior análise de informações necessárias para avaliação de um fator de produtividade.
Essa análise é a primeira etapa de uma safra e deve ser realizada antes do plantio, com o mapeamento e testagem de solo (análises químicas e físicas) para entender a disponibilidade de nutrientes.
Quando em posse desses dados, é possível gerenciar as reais necessidades e assim, orientar a execução das atividades de preparo e correção de solo pelo produtor.
Essa prática resulta em um desenvolvimento vegetativo propício, com foco em melhorar e aumentar a produtividade, produção por área, qualidade do produto final, além de também proporcionar melhor custo de produção com uso consciente e sustentável dos recursos empregados na agricultura, como por exemplo, dos adubos sólidos.
Amostragem na prática
Em caso de amostragem de solo, a qualidade do mapa depende do processo de retirada da amostra e da qualidade da análise, pois esse método é o convencional, mas depende também da quantidade de amostras.
As formas mais comuns no Brasil são através de amostragem em grade realizada por empresas prestadoras de serviço e mapas de produtividade, ou colheita, obtidos por meio de equipamentos de coleta.
A realização de amostras pode ser compreendida a partir da separação do espaço total em glebas de até 20 hectares, onde, quanto menor for feito, maior é a precisão em relação à variação dos fatores dentro do espaço escolhido.
Ou seja, em glebas menores, maior a precisão de informações de cada local.
Os mapas de produtividade, de condutividade elétrica dos solos, imagens aéreas (derivadas de sensoriamento remoto e uso de Drones/VANTS), topografia (paisagem) com pedologia refinada pode chegar a uma continuidade de leitura das informações, e essas medidas indicam indiretamente como ocorre a variabilidade de lavoura.
Conclusão
Com os levantamentos, avaliação e análise dos dados coletados, o produtor melhora sua tomada de decisão, proporcionando o melhor e mais racional uso dos recursos empregados.
Assim, é possível garantir a redução dos custos produtivos, além de otimizar o uso desses produtos pelas plantas, ocasionando menores perdas para o ambiente.
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