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Adubação de sistema e rentabilidade da rotação entre soja e milho

Adotar a adubação de sistema tem sido cada vez mais comum nas regiões produtivas, como uma estratégia mais avançada no manejo nutricional de lavouras com duas ou mais culturas em sucessão, rotação ou consórcio. Porém, esse conceito ainda gera muitas dúvidas.

O primeiro passo para um programa de adubação de sistema é ter em mente que cada região, fazenda e tipo de solo apresenta características próprias. Essas condições devem ser estudadas e analisadas continuamente para entender como cada produção se comporta.

As quantidades de nutrientes aplicados devem sempre respeitar os resultados da análise de solo e as exigências de cada tipo de cultura.

Além disso, novos recursos surgiram a partir da melhoria gradual dos níveis de fertilidade do solo nas principais regiões produtoras. Associada à intensificação do número de cultivos por ano, mesclando espécies com capacidade distinta de absorção e ciclagem de nutrientes, como é o caso da soja e milho.

Outro recurso que ganhou um papel importante na produtividade, foi o Sistema de Plantio Direto (SPD) conservando nutrientes e umidade do solo. E o avanço das tecnologias com técnicas mais inteligentes e versáteis na distribuição de fertilizantes.

Adubação de Sistema

Na técnica de adubação de sistema, as operações de adubação são realizadas de modo a abastecer o solo de nutrientes para satisfazer a absorção pelas plantas no decorrer do ano agrícola ou de cada ciclo de rotação, ao invés de adubar cada cultura com base nas demandas individuais. Se implementada da forma correta, essa estratégia permite conciliar facilidades operacionais, uso eficiente de fertilizantes e por consequência economia na operação.

O plano de manejo na adubação de sistema deve sempre considerar suas vantagens e desvantagens a longo prazo. E sempre utilizar alternativas que potencializem a eficiência agronômica e o retorno econômico dos insumos a serem aplicados.

Solos de Fertilidade Construída

A adoção da adubação de sistema só é viável quando o solo se encontra na condição de fertilidade construída, ou seja quando a acidez não mais representa limitação e a disponibilidade dos principais nutrientes encontra-se acima dos respectivos níveis críticos.

Solos de fertilidade construída aqueles que ao longo do tempo, apresentam condições físicas, biológicas e químicas adequadas para as culturas expressarem seu potencial produtivo.

Mas essa condição só é conquistada após vários anos de cultivo da área em plantio direto. Com os devidos investimentos em correção de solo, adubações assertivas e de manutenção que geram um residual cumulativo, elevando gradativamente a fertilidade.

Também, é preciso considerar as características do solo (textura) e da área (topografia) não sejam propensas a grandes perdas de nutrientes por lixiviação ou erosão.

Portanto, solos com relevo suave ondulado a plano, com mais de 20% de argila, cobertura vegetal viva ou morta (palhada) permanente são quesitos que condicionam ambientes mais aptos à adubação de sistema.

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Fonte: https://www.plantiodireto.com.br/artigos/14